sábado, 12 de setembro de 2009

-E é isso mesmo,não dá pra roubar as pessoas pra você,o máximo que dá pra fazer(deixar ser feito na verdade) é esperar que o tempo as traga pra perto,de algum jeito,ou as leve pra longe de vez...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sabe o que eu acho engraçado?
Essa mania que a gente tem de sair dando conselhos pra qualquer um que esteja com uma cara de mais ou menos desamparado(que pode ser fruto de sono e gripe à falta de bebida,cigarro,glicose ou simples perturbação de quem espera outra pessoa há mais de 20 minutos) e solte um leve e convidativo murmúrio de irritação.Como se soubéssemos de coisas não ditas,enterradas no lugar mais profundo do inconsciente humano.Nós temos as pás.
E depois de tanto jorrar boca pra fora todas aquelas palavras saltitantes,guardadas em algum canto da língua,pinicantes;desde que as desenrolei de uma idéia qualquer vista,ouvida,lida ou imaginada por aí ainda saio achando que a vida dos outros é cheia de certezas faladas e consolidadas.Só a minha vida simplesmente não se encaixa,envolta em vazio existencial.Melhor sair cambaleando a alma sofrida,balançando a cabeça caída por aí,confordamente,como se aceitasse com firmeza a cruz que carrego.O olhar de raio-x atravessando qualquer um que cruze o caminho.Afinal,ninguém pode mesmo compreender a essência de tal misto de sensações em meu ser,nem seus falatório mentais zumbindo nesta cabeça.
E quanta tolice ainda,ficar se achando tão especial e única.E continuar achando tudo isso nesse exato momento.Num post de blogspot.É o ridículo do ridículo.Sou o cúmulo do ego,a ponto de me achar o único cúmulo dele.Quanta fraqueza,viu.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Tudo o que a gente faz e tudo que a gente vê
Tudo o que a gente quer e tudo que a gente precisa
Tudo o que a gente sente e tudo que a gente sabe
Tudo o que a gente esconde e tudo que a gente mostra
Tudo o que a gente toma e tudo que a gente dá
Tudo que a gente morre e tudo que a gente vive
As vezes tudo quer dizer tudo,mas outras vezes só quer dizer nada.E nada quer dizer nada mesmo.Ou tudo,quando o tudo não se pronuncia.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Banalizar minhas palavras,gostos e meias coloridas.Banalizar as fotos dos feriados e a coleção de cartas.Banalizar nossas piadas,idéias e nossos almoços de domingo.Banalizar a escola,a escolha e o convívio social.
Mas daí a banalizar o olhar?Dentre tantos falsos,o único verdadeiro jeito simples de dizer as coisas mais complicadas.Me tiraram tudo que eu conhecia.
...
Mais café?

terça-feira, 2 de junho de 2009

Coisas,coisas,coisas!
O mundo parece estar tão cheio de coisas que as pessoas acabam por deixar essas coisas falarem por elas.O tempo todo.

domingo, 24 de maio de 2009

"Se cada vez que sobrevivemos ao ato de respirar é como uma batalha vencida de uma guerra já perdida deve haver algum significado em lutar tanto pra perder",almeja uma idéia inventada de neurônio inventado.
"Ou não"(demora um pouco até passar essa parte sem engasgar).Aí devo aceitar que tem de ser tudo mesmo apenas uma corrida para tentarmos,muitos em vão,gravar nossos nomes em alguma constelação imaginária.
Sístole?Diastóle?Será essa agitação toda por um bom motivo? Pelo motivo?
Pode ser que eu esteja alimentando falsas esperanças nesse musculozinho aqui dentro.Mas,se até me pego falando com esse senhor,mais falso seria,então,negar que a resposta que mora lá dentro,mesmo que entrecortada continuamente por pausas de um compasso("tutu,tutu,tutu")é:receio que sim.
Que seja ele o motivo,já serve.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

No game Street Fighter II,um dos 8 personagens "jogáveis" da série é brasileiro:Blanka.Trata-se de uma criatura fruto de uma mutação genética,sofrida após a queda do avião em que o personagem se encontrava,no meio da floresta amazônica,que,segundo a historinha contada pelo jogo,seria a moradia de tribos canibais radioativas.O cenário é basicamente um tablado de madeira,ornamentado com um único artigo decorativo(um peixe morto preso ao teto),cercado de casinhas de palafita à beira do rio.
Coisas que aprendemos nas aulas de geografia.Ou deveriamos.

Mas também não que a gente não saiba.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Bons tempos aqueles,em que as pessoas diferentes e sensíveis desta sociedade se destacavam por achar mundos paralelos dentro de seus armários,e não eram somente gente bêbada brincando de protestar.
A propósito,existiram tais tempos?

sábado, 7 de fevereiro de 2009

É preciso ler mais jornal.É preciso ler menos livros de ficção científica. É preciso dormir mais cedo.É preciso dormir menos de manhã.É preciso ficar sentada na frente dos livros por mais tempo.É preciso ficar menos horas diante do computador.É preciso escrever dissertações.É preciso não escrever nada enquanto o professor estiver falando.É preciso tirar todas as dúvidas acadêmicas.E é preciso engolir algumas de outra natureza.É preciso não perder tempo sonhando acordada.É preciso realizar o tempo todo.É preciso pensar mais sobre o futuro.É preciso esquecer hábitos do passado.É preciso que haja milhares de segundas-feiras.É preciso que nem sempre haja um fim-de-semana.É preciso moderação daqui.É preciso entrega ali. Mas,afinal,é preciso.É preciso viver.É preciso não viver em vão.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Há estrelas brancas, azuis, verdes, vermelhas.
Há estrelas-peixes, estrelas-pianos, estrelas-meninas,
Estrelas-voadoras, estrelas-flores, estrelas-sabiás,
Há estrelas que vêem, que ouvem,
Outras surdas e outras cegas.
Há muito mais estrelas que máquinas, burgueses e operários:
Quase que só há estrelas.

São zilhões de coisas para serem faladas em umas poucas frases,que ainda por cima devem ser escritas com sonoridade e coesão,numa só brilhante tacada.De acordo com meu eu-lírico.Mas não quero falar de nada daquilo que eu supostamente tenha pra falar.Darei razão ao meu lado libertino e desordeiro então.Apenas desta vez.Neste milésimo de segundo da minha vida Raul Bopp faz muito mais sentido.

Os unicos dois habitués do meu blog são tão completamente dedicados aos seus endereços na internet que me fazem pensar:talvez quando eu crescer...Todavia desisto de explicar a lógica de minhas desvairadas aparições.Ou da falta delas.